Um incêndio que atingiu parte do sul da Califórnia tornou-se nesta terça-feira (18) o maior do estado dos EUA neste ano até o momento.
O fogo, que começou neste fim de semana e continuava sem controle nesta terça, antecipou também a temporada de queimadas na Califórnia, que deve enfrentar um verão seco e quente.
Um dos incêndios atingiu a cidade de Los Angeles, devastando rapidamente quase 60 quilômetros quadrados de terreno durante o fim de semana, o que obrigou a evacuação de 1.200 pessoas que acampavam em um parque, além de fechar um popular lago destinado à navegação.
Cerca de 1.150 bombeiros estão empenhados em conter o chamado ‘pós-incêndio” e apagar as chamas com sete aviões-cisterna e a construção de linhas perimetrais. No entanto, na manhã desta segunda-feira, apenas 8% haviam sido contidos.
O incêndio apresenta “um comportamento de ignição extremo”, alertou o Centro Nacional dos Bombeiros, destacando a baixa visibilidade e ventos de até 80 km/h, que tornam praticamente inúteis os esforços dos bombeiros.
Os incêndios ocorrem no início de um período potencialmente crítico para a região, com o clima extremamente seco.
Vídeo acelerado mostra o início e o desenvolvimento de um incêndio florestal em Los Angeles
Os invernos úmidos recentes provocaram o rápido crescimento da vegetação que, segundo especialistas, pode se tornar perigosa à medida que começa o período de seca nas próximas semanas e meses.
As pastagens e as árvores em algumas partes da Califórnia já estão “suficientemente secas” para suportar as elevadas preocupações climáticas dos incêndios, segundo o Serviço Nacional de Meteorologia.
“A atividade recente sugere que os elementos combustíveis secam rapidamente e contribuem para a propagação do fogo”, acrescentou.
Daniel Swain, cientista climático da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, explicou que “como resultado de dois invernos úmidos consecutivos, já há muito crescimento adicional, particularmente de pasto, mas também, em menor medida, de vegetação rasteira mais espessa”, e “esses pastos estão começando a secar”.
Uma onda de calor que pode ser histórica afetará esta semana vastas áreas do centro e leste dos Estados Unidos, onde se espera que as temperaturas sejam inusualmente altas para junho.