Em um levantamento recente, foi revelado um cenário preocupante no setor de moradia dos Estados Unidos. Mais de 6 milhões de pessoas encontram-se sem seguro residencial, uma realidade atribuída à incapacidade de arcar com os custos crescentes das apólices. O estudo destacou um aumento médio de 23% no preço dos seguros residenciais em todo o país, colocando um peso insustentável sobre os proprietários de imóveis.
O Impacto do Aumento dos Seguros
Diante do expressivo aumento, atualmente um em cada 13 proprietários de imóveis nos Estados Unidos está desprovido de cobertura, o que representa 7,4% das moradias Americanas, equivalendo a um valor imobiliário estimado em 1,6 bilhão de dólares. A ausência de seguro em um número tão significativo de residências é considerada um risco enorme, especialmente em um país assolado por eventos climáticos extremos e fenômenos naturais que se tornam mais destrutivos a cada ano. Em 2023, foram registrados 25 eventos climáticos extremos que resultaram em prejuízos superiores a 1 bilhão de dólares cada.
Causas e Consequências da Crise
A população atribui a dificuldade em manter o seguro residencial a fatores como a pandemia de COVID-19, a alta inflação e a crise econômica que assola o país. Muitas famílias estão sendo forçadas a cortar despesas essenciais, como seguros, do orçamento familiar para conseguir pagar por necessidades básicas como alimentação, moradia e medicamentos. O custo médio nacional de uma apólice de seguro residencial é de 1.820 dólares por ano, para uma cobertura de 250.000 dólares, com os estados de Nebraska, Oklahoma e Kansas apresentando os maiores custos, enquanto Havaí, Vermont e Delaware são os mais acessíveis.
Este cenário alarmante sublinha a crescente vulnerabilidade de milhões de famílias americanas, que enfrentam o dilema de proteger suas residências ou atender às necessidades básicas diárias.