O iPhone 16 foi lançado com recursos avançados para competir no mercado de celulares premium, mas não está isento de falhas. Um ponto em destaque é a tela com apenas 60Hz de taxa de atualização, mesmo custando R$ 7,8 mil. Em um mercado onde aparelhos intermediários, que custam um terço desse valor, já oferecem taxas mais altas, essa característica é vista como um defeito.
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Na prática, isso significa que animações e conteúdos de movimento rápido ainda são exibidos com menos fluidez, já que a atualização da imagem acontece com menor frequência. Em alguns casos, até smartphones de entrada já possuem painéis de 120 Hz.
Embora não seja uma justificativa definitiva, alguns fatores podem explicar a insistência da Apple em manter telas de 60Hz no iPhone 16:
Diferenciação para os modelos Pro
Atualmente, apenas o iPhone 16 Pro e 16 Pro Max possuem telas de 120 Hz. Acredita-se que a Apple queira diferenciar suas linhas de smartphones, limitando o iPhone 16 e 16 Plus a 60 Hz para incentivar a compra dos modelos mais caros.
Otimização da bateria
Telas com 60 Hz tendem a consumir menos energia, já que a iluminação é atualizada com menor frequência. Como a duração da bateria é frequentemente destacada em eventos da Apple, é possível que isso tenha sido priorizado em detrimento da taxa de atualização.
Adoção tardia de novas tecnologias
Historicamente, a Apple é conhecida por adotar novas tecnologias mais tarde que seus concorrentes Android. Um exemplo é o iPhone X, que foi o primeiro modelo da Apple com tela OLED, sete anos após os rivais já utilizarem essa tecnologia.
No caso das telas de 120 Hz, a Apple as incorporou pela primeira vez na linha iPhone 13, cerca de cinco anos depois dos Androids. Muitos argumentam que a Apple é cautelosa ao introduzir novas tecnologias devido ao seu foco no “perfeccionismo”. No entanto, três gerações após a introdução das telas de 120 Hz, essa justificativa já não é tão forte.
Fidelidade dos clientes
A Apple possui um ecossistema diferenciado, especialmente por combinar seu hardware com o sistema operacional iOS. Isso faz com que muitos consumidores sejam fiéis à marca e relutem em migrar para o Android, o que dá à Apple mais flexibilidade para não correr atrás de certas inovações, como taxas de atualização mais altas.
Dessa forma, não se espera que muitos consumidores desistam do iPhone 16 exclusivamente por causa da tela, que, apesar da taxa de 60Hz, ainda é elogiada por sua qualidade de cor.
No final, 60Hz “é suficiente”
A maioria dos consumidores não se importa tanto com a taxa de atualização da tela, considerando que o painel “cumpre bem o papel” e não compromete a experiência de uso. Outros recursos, como câmeras e poder de processamento, costumam chamar mais atenção.
Nesse sentido, a linha iPhone 16 trouxe um novo botão dedicado para a câmera, facilitando a captura de fotos e vídeos, com ergonomia similar à de câmeras profissionais. Esse botão também controla o zoom e navegação na galeria.
Além disso, a Apple destacou a inteligência artificial (AI) Apple Intelligence, integrada ao iOS 18, que oferece funções como geração automática de textos e pesquisas inteligentes a partir de fotos.
Com preços a partir de R$ 7.799, a pré-venda dos modelos da linha iPhone 16 no Brasil começa no dia 24 de setembro. No entanto, a data de entrega ainda não foi definida.
