O nível de criminalidade dos Estados Unidos é um tema que desperta interesse e curiosidade em muitas pessoas, especialmente em comparação com outros países desenvolvidos. Neste texto, vamos apresentar alguns dados e fatos sobre a violência nos EUA, bem como algumas possíveis explicações e desafios para enfrentá-la.
Segundo as estatísticas mais recentes publicadas pela Polícia Federal (FBI), o país registrou mais de 21.500 homicídios em 2020, quase 59 por dia. O número representa um aumento de 30% na comparação com 2019, o maior salto desde os anos 1960. A tendência de alta continuou em 2021, mas a um ritmo mais lento de 5%, de acordo com os dados parciais compilados pelo centro de pesquisas Conselho de Justiça Criminal.
A taxa de homicídios a cada 100 mil habitantes subiu a 6,5 em 2020 nos Estados Unidos. A taxa é bem maior do que a de países como França, Alemanha ou Austrália, que têm menos de 1 homicídio por 100 mil habitantes, e do que a do Canadá, que tem cerca de 2. No entanto, é importante lembrar que os números ainda estão bem abaixo das taxas de criminalidade registradas há algumas décadas nos EUA, quando chegavam a mais de 10 homicídios por 100 mil habitantes nos anos 1980 e 1990.
Um dos fatores que contribuem para a alta violência nos EUA é a fácil disponibilidade de armas de fogo. Nos Estados Unidos, mais de 75% dos homicídios são cometidos com armas de fogo. Um recorde de mais de 23 milhões de armas foram vendidas em 2020, e mais de 20 milhões em 2021, segundo os números do site Small Arms Analytics. Além disso, há um número crescente de armas “fantasmas”, que não possuem número de série, muito populares entre os criminosos. Em junho de 2021, 30% dos adultos afirmavam possuir uma arma, segundo um estudo do centro de pesquisas Pew.
Outro fator que pode ter influenciado o aumento da criminalidade nos EUA é o impacto da pandemia de covid-19, que causou crise econômica, desemprego, estresse, isolamento e redução de programas de prevenção de violência por conta das regras de distanciamento social. Além disso, a pandemia também afetou o trabalho das forças policiais, que tiveram que lidar com cortes orçamentários, baixas por contaminação e protestos contra a brutalidade policial após o assassinato de George Floyd em maio de 2020.
Diante desse cenário, o presidente Joe Biden anunciou em junho deste ano um plano para combater a violência armada nos EUA, que inclui medidas como investir em programas sociais e comunitários, reforçar o controle de armas e apoiar as polícias locais. O plano foi recebido com críticas tanto por parte dos republicanos, que o acusam de ser fraco e ineficaz, quanto por parte dos ativistas que defendem a redução do financiamento da polícia e uma reforma profunda do sistema de justiça criminal.
Assim, o nível de criminalidade dos Estados Unidos continua sendo um desafio complexo e multifacetado, que exige uma abordagem integrada e equilibrada entre prevenção, repressão e reinserção social. Esperamos que este texto tenha sido informativo e esclarecedor para você. Se você gostou, compartilhe com seus amigos e deixe seu comentário abaixo.