Em um esforço para combater o preconceito racial, a Comissão de Polícia de São Francisco aprovou uma nova política que visa limitar as paradas de trânsito “pretextuais”. Essa medida obriga os oficiais a justificar claramente o motivo de cada parada, especialmente diante das câmeras, colocando um freio nas paradas sem fundamentos claros e objetivos.
Durante uma sessão carregada de tensões, a comissão decidiu restringir a aplicação de nove infrações de trânsito menores, numa tentativa de minimizar as chances de preconceito racial nas abordagens policiais. “Isso obriga os policiais a refletirem antes de agir e a explicarem suas ações, promovendo maior transparência e responsabilidade”, explicou Debra Walker, comissária de polícia.
A nova regra também impõe limites às buscas em veículos e às perguntas investigativas sem evidências concretas de atividade criminosa. Walker, que votou contra a medida, enfatizou a importância de reformar o treinamento policial e a cultura institucional para enfrentar o racismo sistêmico. Brian Cox, vice-defensor público, elogiou a comissão por seu esforço em engajar diversas comunidades no debate, destacando a urgência e a necessidade histórica desta mudança.
Dados revelam disparidades raciais contínuas nas paradas de trânsito em São Francisco, com motoristas negros sendo significativamente mais visados do que seus pares brancos. Esta nova política representa um passo importante para São Francisco em direção a práticas policiais mais justas e equitativas.