Uma tragédia envolvendo uma au pair brasileira chocou a comunidade de Reston, na Virgínia, em fevereiro deste ano. Juliana Peres Magalhães, de 23 anos, foi presa sob a acusação de matar a tiros Joseph Ryan, enquanto trabalhava como cuidadora de crianças na residência de um casal local. Os eventos que se desenrolaram naquela fatídica manhã continuam sob investigação, e a dona da casa, Christine Banfield, também foi encontrada morta a facadas. Até o momento, ninguém foi acusado pela morte de Christine. A mãe de Juliana alega legítima defesa como a justificativa para o ato.
A Au Pair e o Crime
Juliana Peres Magalhães era uma au pair, uma cuidadora de crianças que trabalhava na casa do casal de Reston, Virgínia. No dia do crime, Joseph Ryan, de 39 anos, teria invadido a residência, culminando em sua morte. A própria Juliana ligou para o 911 para relatar a presença de uma pessoa ferida na casa.
Ao chegarem ao local, as autoridades encontraram não apenas Joseph Ryan, mas também a proprietária da casa, Christine Banfield, de 37 anos, morta a facadas. A morte de Christine permanece em investigação, e nenhum suspeito foi detido até o momento. A mãe de Juliana afirma que sua filha agiu em legítima defesa.
Coletiva de Imprensa da Polícia
A polícia do condado de Fairfax realizou uma coletiva de imprensa em 19 de outubro para fornecer informações sobre o andamento das investigações. Segundo a detetive Erin Weeks, a polícia recebeu uma chamada de emergência às 7h53 em 24 de fevereiro, originada do celular de Juliana, mas a ligação foi encerrada abruptamente. Em uma segunda ligação, cerca de 13 minutos depois, Juliana informou à atendente que sua amiga havia sido ferida. Foi nesse momento que Brendan Banfield, marido de Christine, assumiu a ligação e relatou que encontrou sua esposa “no quarto após ter sido esfaqueada” e que “atirou em Ryan”.
A polícia respondeu prontamente, chegando à casa de alto padrão em Reston, onde encontraram Joseph Ryan sem vida. Christine foi levada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e veio a falecer. A filha do casal, de 4 anos, estava presente na residência, mas não sofreu nenhum dano.
A versão inicial de invasão foi refutada pela polícia, que concluiu que Joseph Ryan era conhecido da família e tinha acesso à casa. A polícia alega que o marido de Christine não disparou a arma, e é Juliana Magalhães quem está sob custódia, enfrentando acusações de homicídio em segundo grau.
A Perspectiva da Mãe
A mãe de Juliana, Marina Peres, compartilhou sua perspectiva sobre o caso com o jornal Estado de Minas. Ela alega que sua filha agiu em legítima defesa e que está passando por um pesadelo. Marina demonstrou profunda preocupação com a situação de Juliana, destacando que até o momento não conseguiu entrar em contato com um advogado. Além disso, ela informou que nem o Itamaraty nem o governo brasileiro a procuraram para oferecer apoio.
De acordo com a mãe, Juliana relatou que estava chegando em casa para o trabalho quando viu Joseph Ryan entrando. Assustada, ela ligou para Brendan, informando sobre a invasão.
Marina declarou: “Ela me falou que o caso tinha sido arquivado, e que a polícia tinha concluído que quem matou Christine foi o Ryan, porque eles eram ex-companheiros. E aí a gente ficou sabendo uns dois dias antes da prisão que eles estavam investigando [ela]. Eles emboscaram ela na quinta-feira antes do trabalho.” Marina Peres está angustiada com a falta de notícias de sua filha desde a sexta-feira passada.
(Fonte: acheiusa)