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Ele possui um banco no WhatsApp que já movimenta R$ 130 milhões — e a Amazon está pronta para impulsionar o crescimento do negócio.

A Magie, banco digital operando via WhatsApp, já movimentou R$ 130 milhões e arrecadou R$ 28 milhões em investimentos. Criada por Luiz Ramalho, a fintech oferece transações simples e rápidas diretamente no chat do WhatsApp. Selecionada para o AWS Generative AI Accelerator, a Magie promete expandir suas operações com apoio da Amazon Web Services.
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No último domingo, 8, durante um painel sobre inovação na Bienal Internacional do Livro de São Paulo, a equipe da EXAME desafiou Guilherme Horn, uma das figuras mais reconhecidas no setor de tecnologia e inovação do Brasil, a citar exemplos de startups que estão aplicando inteligência artificial e revolucionando o mercado.

Entre os destaques, Horn mencionou a Magie, um banco digital que opera exclusivamente pelo WhatsApp. Nesta fintech, não há aplicativos ou plataformas adicionais — todas as transações ocorrem diretamente no chat do WhatsApp.

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Na prática, funciona assim: ao iniciar uma conversa com o chat da Magie no WhatsApp, você pode criar uma conta, fazer depósitos e gerenciar seu dinheiro, como em qualquer outro banco. Quando for necessário realizar um pagamento, basta escrever, enviar um áudio ou encaminhar as instruções, e o chat efetua a transação. O comprovante de pagamento é gerado quase instantaneamente no próprio WhatsApp.

À frente dessa iniciativa, que já está há cerca de quatro meses no mercado, está o carioca Luiz Ramalho. A EXAME foi a primeira a divulgar o surgimento da fintech em abril deste ano.

Desde então, a Magie já atingiu números impressionantes: arrecadou R$ 28 milhões em investimentos, sendo R$ 22 milhões em uma rodada liderada pelo fundo de venture capital norte-americano Lux Capital, além de R$ 6 milhões recebidos anteriormente do fundo brasileiro Canary. O mais relevante: já movimentou R$ 130 milhões em transações.

Agora, a startup comemora uma nova conquista: foi uma das selecionadas, entre 4.500 candidatas, para participar do AWS Generative AI Accelerator, programa da Amazon Web Services (AWS) voltado para startups que estão na vanguarda da IA generativa, proporcionando suporte para acelerar seu crescimento e inovação.

No programa, a Magie terá acesso a mentoria técnica e de negócios, além de sessões de treinamento com líderes da indústria, capacitação em vendas, captação de recursos e desenvolvimento de produtos. A fintech também receberá até US$ 1 milhão — cerca de R$ 5,6 milhões — em créditos para utilizar os serviços da AWS.

“Hoje em dia, para empresas de tecnologia, ter acesso a plataformas como essa é quase tão importante quanto receber investimentos”, comenta Luiz. “Boa parte do capital das startups é destinada à tecnologia, mas, às vezes, não há infraestrutura suficiente. Quando a empresa de infraestrutura oferece esse acesso, tudo se torna mais fácil.”

A AWS, plataforma de servidores da Amazon, permite que empresas operem seus sistemas em nuvem, algo essencial para startups que utilizam inteligência artificial, que demandam processamento rápido e eficiente.

Quem é Luiz Ramalho
Luiz Ramalho é carioca e possui uma trajetória diversificada, desde o trabalho no mercado financeiro, passando por bancos de investimento como Goldman Sachs e Blackstone, até o envolvimento com NFTs. Ele foi um dos criadores da Fingerprints, uma galeria de arte em NFT que captou investimentos milionários.

Desde o final do ano passado, Ramalho está à frente de um novo negócio: a Magie, uma instituição financeira digital operando no WhatsApp, que foi lançada ao mercado no final de abril.

Como a Magie funciona
Ramalho idealizou um serviço simples e prático, inicialmente voltado para pessoas que precisam realizar vários pagamentos ao longo do dia. Hoje, o banco digital atende a todos os perfis de clientes, não apenas os que precisam realizar múltiplas transações diárias.

“O Brasil está entre os países mais avançados em tecnologias de pagamento, até mais que a Índia”, diz Ramalho. “Esse avanço trouxe muita segurança e praticidade. Nosso próximo passo é trazer essas facilidades para o aplicativo mais utilizado pelos brasileiros.”

Tudo acontece diretamente no WhatsApp. Por exemplo, se você quer realizar um Pix para um amigo, basta gravar um áudio pedindo à Magie que faça a transação por você.

Para que o banco entenda as mensagens enviadas pelos clientes, o chat utiliza tecnologia de inteligência artificial. É possível até mesmo enviar uma foto com um código Pix escrito à mão, e a IA da Magie reconhece e processa o pagamento.

“É como conversar com um amigo ou com o gerente do banco”, explica Ramalho. “Com a evolução do Open Finance, esperamos nos conectar a todos os bancos, expandindo nossas funcionalidades para outras operações financeiras.”

No quesito segurança, um dos principais desafios do setor, Ramalho destaca que as próprias funções de segurança do WhatsApp, como reconhecimento facial, serão aproveitadas nas transações financeiras.

No futuro, a Magie pretende gerar receita por meio de serviços adicionais, como a gestão de investimentos.

Aportes recentes
Recentemente, a Magie recebeu um aporte de R$ 22 milhões, liderado pelo fundo norte-americano Lux Capital. Combinado com os R$ 6 milhões recebidos anteriormente do fundo brasileiro Canary, a fintech concluiu sua rodada seed com um total de R$ 28 milhões em investimentos.

Tamanho do WhatsApp no Brasil
O WhatsApp é um dos aplicativos mais populares do Brasil, presente nos celulares de 92% dos brasileiros, de acordo com uma pesquisa do Datafolha. Embora a Meta não divulgue o número total de usuários no país, o Brasil é considerado o segundo maior mercado do WhatsApp, atrás apenas da Índia.

Na estratégia de Ramalho, a popularidade do WhatsApp é combinada com outra ferramenta amplamente utilizada no Brasil: o Pix.

Em 2023, os brasileiros realizaram quase 42 bilhões de transações por Pix, um crescimento de 75% em relação ao ano anterior. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o Pix superou todas as outras formas de pagamento, como cartões de crédito, débito, boletos e TEDs, que juntas somaram quase 39,4 bilhões de operações.

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