O dólar reverteu a tendência e está valorizando nesta sexta-feira (31), no fechamento do mês de maio, após o feriado de Corpus Christi, que deixou os mercados inativos ontem e limitou as operações na bolsa hoje.
Os investidores estão avaliando os recentes dados do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, apresentados ontem, que indicaram um crescimento econômico abaixo do antecipado para o primeiro trimestre de 2024.
Hoje, também nos Estados Unidos, há foco na divulgação do índice de preços PCE (que mede os gastos pessoais dos consumidores), o preferido do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) para orientar suas decisões sobre taxas de juros.
Por sua vez, o Ibovespa, principal indicador do mercado de ações da B3, a bolsa de valores brasileira, mostra instabilidade, alternando entre ganhos e perdas.
Segue um resumo dos mercados:
Dólar
Às 10h45, o dólar apresentava alta de 0,35%, negociado a R$ 5,2265. Confira outras cotações.
Na última quarta-feira, a moeda americana avançou 1,07%, fechando a R$ 5,2083.
Desde então, acumulou:
- uma redução de 0,27% na semana;
- uma diminuição de 0,76% no mês;
- um aumento de 6,20% no ano.
Ibovespa
No mesmo horário, o Ibovespa tinha um leve aumento de 0,03%, alcançando 122.745 pontos.
Na quarta, o índice fechou em baixa de 0,87%, a 122.707 pontos.
Com isso, registrou perdas de:
- 0,42% na semana;
- 1,70% no mês;
- 7,75% no ano.
Influências no mercado
O foco do mercado nesta sexta-feira está, sobretudo, nos indicadores dos Estados Unidos.
Hoje, foi divulgado o índice de preços PCE de abril, que mostrou uma inflação de 2,7%, alinhada com as previsões dos analistas e mantendo-se estável em relação ao mês anterior.
Ontem, foi revelado que o PIB dos EUA cresceu 1,3% no primeiro trimestre, abaixo das expectativas de um aumento de 1,6%. Esse resultado também indica uma desaceleração em relação ao crescimento de 3,4% registrado no último trimestre do ano passado. Estes números moderados reforçam a expectativa de que o Fed possa começar a reduzir as taxas de juros já em setembro, conforme indica a ferramenta FedWatch da CME, que mostra que quase metade dos participantes do mercado financeiro espera por essa redução.
No Brasil, as operações no mercado estão limitadas devido ao feriado de ontem, com a bolsa fechada.
No entanto, os investidores ainda repercutem os últimos dados do mercado de trabalho brasileiro, divulgados recentemente: a PNAD, que mostrou uma taxa de desemprego de 7,5% no trimestre encerrado em abril, abaixo do esperado, e o Caged, que registrou a criação de 240 mil empregos formais.
“Esperamos que a resiliência do mercado de trabalho seja um dos principais impulsionadores do crescimento econômico brasileiro este ano. Assim, projetamos a criação de 1,8 milhão de empregos formais e uma taxa de desemprego média de 7,6% ao longo do ano”, comenta José Márcio Camargo, economista-chefe da Genial Investimentos.