O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) dos Estados Unidos registrou alta de 0,3% em abril, conforme divulgado nesta quarta-feira, 15, pelo Departamento de Estatísticas do Trabalho. O índice desacelerou comparado a março, quando cresceu 0,4%.
No acumulado dos últimos 12 meses, o índice apresentou um aumento de 3,4%, abaixo dos 3,5% registrados em março. O núcleo do IPC, que exclui os preços de alimentos e energia, também teve um incremento de 0,3%.
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O incremento dos preços em abril foi notavelmente mais acentuado nos setores de habitação e gasolina, sendo que este último subiu 2,8% no mês, influenciado pelo aumento dos preços do petróleo no mercado internacional durante abril.
“Os dados recentes sobre vendas no varejo mostram uma contração de 0,6% em abril. Essa tendência, combinada com a desaceleração inflacionária, deve impulsionar as expectativas de mercado para futuras reduções na taxa de juros”, analisa Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos.
A inflação nos EUA atingiu o pico de 9,1% ao ano em junho de 2022, impulsionada pela crise da pandemia. Apesar da diminuição subsequente, o índice estagnou nos últimos meses, mantendo-se em torno de 3,5% ao ano. O objetivo do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, é reduzir a inflação para 2%.
O ritmo lento na redução da inflação faz com que o Fed mantenha taxas de juros elevadas nos EUA. Esta política atrai capital para o país e impacta outras nações, como o Brasil, que encontram mais dificuldades para captar recursos externos. A elevação dos juros nos EUA também tem reflexos na redução das taxas de juros no Brasil.