Um estudo recente aponta um aumento alarmante no número de acidentes vasculares cerebrais (AVC) em todo o mundo, correlacionado com temperaturas extremas. A pesquisa, que analisou três décadas de dados climáticos e de saúde em 204 países, mostra que mais de meio milhão de mortes por AVC estão diretamente associadas ao clima adverso.
Desde 1990, a incidência de AVC tem crescido globalmente, um fenômeno que os cientistas atribuem tanto às mudanças climáticas quanto ao aumento da população e ao envelhecimento global. No entanto, foram os eventos climáticos extremos que mais contribuíram para essa tendência preocupante.
O estudo também revela que não são apenas os AVCs que estão em ascensão devido ao clima; doenças como alergias, asma, condições autoimunes e até câncer estão se tornando mais comuns com o aumento das temperaturas. O ano passado foi classificado como o mais quente em 174 anos, e a projeção é que o agravamento das condições climáticas extremas continue exacerbando problemas de saúde.
Os pesquisadores alertam que, se medidas urgentes não forem tomadas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, o mundo poderá enfrentar uma epidemia de doenças, hospitalizações e mortes em um futuro não muito distante.