A crise no setor de enfermagem nos Estados Unidos está se agravando, com hospitais, médicos, pacientes e até o governo alarmados pela crescente falta de profissionais. Nos próximos seis anos, espera-se que pelo menos sete estados enfrentem uma escassez recorde de enfermeiros.
Abandono da Profissão e Projeções Sombrias
Nos últimos dois anos, cerca de 100 mil enfermeiros deixaram seus empregos devido a salários insatisfatórios, estresse elevado, horas extras excessivas e burnout, agravados pela pandemia de COVID-19. Além disso, outros 600 mil profissionais planejam sair da força de trabalho ou se aposentar nos próximos três anos, exacerbando a crise.
Desafios no Licenciamento e Preparação para o Trabalho
Um aspecto alarmante é o alto índice de reprovação nos exames de licenciamento do Conselho Nacional de Enfermagem, indicando muitos candidatos, mas poucos qualificados para exercer a profissão. Em 2023, a Flórida teve mais de 21 mil candidatos ao exame, mas a taxa de aprovação foi inferior à média nacional, cerca de 70%. A existência de enfermeiros com diplomas falsos também complica o cenário, dificultando ainda mais a entrada de profissionais qualificados no mercado.
Expectativas para o Futuro
Os estados da Califórnia, Texas, New Jersey, Carolina do Sul, Alasca e Dakota do Sul estão entre os que devem enfrentar uma crise significativa na disponibilidade de enfermeiros nos próximos anos. A situação demanda medidas urgentes para evitar um colapso no atendimento à saúde, enfatizando a necessidade de reforçar a atração, formação e retenção de enfermeiros nos Estados Unidos.