Os oceanos, antes espaços vastos, agora enfrentam congestionamento devido à crescente atividade humana. Com zonas costeiras lotadas por navios, plataformas petrolíferas e futuras instalações de mineração marítima, a Califórnia busca novas soluções para a demanda de energia. O governador Gavin Newsom assinou recentemente uma nova lei, iniciando estudos sobre a viabilidade da energia azul, gerada a partir de ondas e marés, ao largo da costa do Pacífico.
Desafios e Potenciais da Energia das Ondas
Embora mais de 600 mil milhas quadradas tenham sido arrendadas para parques eólicos flutuantes, a energia azul surge como uma alternativa. A legislação instrui as agências estaduais a avaliarem a captura do movimento oceânico para gerar eletricidade, visando preencher as lacunas na matriz energética. No entanto, o desenvolvimento dessa tecnologia enfrenta desafios significativos.
A Caminho da Sustentabilidade: Obstáculos e Avanços
A energia das ondas e marés, embora promissora, enfrenta barreiras como custos iniciais elevados e a complexidade de operar em ambientes marítimos hostis. Projetos piloto lançados ao longo da costa oeste não produziram energia comercial até o momento. O gerente do programa de energia marinha do Departamento de Energia dos EUA, Tim Ramsey, compara o estágio atual dessa tecnologia ao desenvolvimento da energia eólica terrestre há duas ou três décadas.
Investimentos e Perspectivas para o Futuro
Apesar dos avanços tecnológicos, a transição de projetos piloto para fornecimento comercial à rede é um desafio considerável. O orçamento federal destinado à energia das ondas oceânicas para o ano fiscal de 2023 é de US$ 123 milhões. Iniciativas como “Powering the Blue Economy” exploram novas tecnologias, mas o caminho para a viabilidade comercial continua a ser árduo.
O Potencial e a Incerteza do Futuro Marítimo
O potencial é atrativo, com estimativas do Laboratório Nacional de Energia Renovável indicando que a energia das ondas pode representar até 57% da produção doméstica de energia em 2019. No entanto, incertezas persistem sobre o impacto ambiental, viabilidade econômica e integração com outras formas de energia renovável.
Fonte: kqed