Nova Iorque, Estados Unidos – Relatórios recentes do governo dos Estados Unidos destacam um aumento no patrimônio líquido de famílias negras e latinas/hispânicas, um sinal positivo de crescimento econômico nesses grupos. No entanto, analistas alertam que a disparidade financeira em relação às famílias brancas permanece substancial.
A Disparidade Financeira Persiste
Apesar do avanço, a comparação com o patrimônio das famílias brancas revela uma grande lacuna. No último ano, o patrimônio líquido médio das famílias negras alcançou 45 mil dólares, enquanto o de famílias hispânicas e latinas foi de 61.000 dólares. Estes números representam aumentos significativos de 61% e 47%, respectivamente, desde 2019. Contudo, quando comparados com a média de 285 mil dólares das famílias brancas, que tiveram um crescimento de 31% no mesmo período, fica evidente o quanto ainda é preciso avançar para se alcançar uma igualdade patrimonial.
Famílias Asiáticas Lideram o Crescimento Patrimonial
No topo da pirâmide financeira estão as famílias asiáticas, cujo patrimônio líquido médio foi avaliado em 536 mil dólares em 2022. Esse número é quase o dobro do registrado pelas famílias brancas e significativamente maior que o das famílias negras e latinas/hispânicas.
Causas da Disparidade
Especialistas apontam para uma estrutura social que continua a negligenciar e discriminar famílias negras e latinas nos Estados Unidos, mantendo esses grupos entre os menos privilegiados economicamente. Adicionalmente, indica-se que o recente aumento de patrimônio nestas comunidades pode estar relacionado ao encarecimento das hipotecas no país, conforme dados da nova pesquisa da Reserva Federal sobre finanças do consumidor.
Ainda que os dados mostrem um desenvolvimento econômico entre as minorias raciais e étnicas, os especialistas reforçam a necessidade de políticas que fechem o abismo financeiro e promovam uma igualdade econômica mais ampla.