O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou seu discurso na cerimônia de posse de Dilma Rousseff (PT) como presidente do Novo Banco do Desenvolvimento (NDB) para criticar instituições financeiras tradicionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.
Nesta quinta-feira (13/04), ele disse que essas organizações não deveriam ficar “asfixiando” as economias de países em desenvolvimento.
“Os bancos têm de ter paciência. Se for preciso, renovar o acordo e colocar a palavra tolerância em cada renovação porque não cabe ao banco ficar asfixiando as economias dos países, como está fazendo agora com a Argentina o Fundo Monetário Internacional”, disse Lula em seu discurso.
A Argentina passa, há anos, por uma crise econômica e teve de recorrer a empréstimos do FMI. A relação do país com o organismo, porém, é alvo de críticas e divide a classe política local.
O NDB foi fundado em 2014 pelos membros originais dos BRICS, grupo de países que reúne o Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Cada país fez um aporte de recursos e a instituição financia projetos de infraestrutura em seus membros. O banco foi criado oficialmente em 2014 e agora, além dos BRICS, também conta com Egito, Emirados Árabes Unidos e Bangladesh. O banco também avalia a entrada do Uruguai.
Dilma assumiu a presidência do banco após uma articulação política liderada pelo governo brasileiro já sob o comando de Lula.
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