Contexto da Greve
Funcionários das gigantes automobilísticas dos Estados Unidos – Ford, General Motors e Stellantis – interromperam suas atividades na madrugada de 15 de setembro de 2023. Este evento marca a primeira vez que o sindicato United Workers Auto (UWA) realiza uma greve simultânea em seus 88 anos de existência. Leia mais no The Wall Street Journal
Impacto Econômico
Segundo dados do The Wall Street Journal, o movimento grevista engloba cerca de 12,7 mil dos 146.000 trabalhadores industriais em todo o território americano. Um relatório do Deutsche Bank sugere que as perdas financeiras podem chegar a até US$ 500 milhões (R$ 2,4 bilhões) por semana para cada empresa. Estudo do Deutsche Bank
Reações das Empresas
As três montadoras estão em situações delicadas. A Ford alertou que as demandas do sindicato dobrariam seus custos trabalhistas, enquanto a Stellantis expressou que tomará medidas estruturais para proteger a empresa. A General Motors, por sua vez, manifestou desapontamento com a paralisação, mas disse estar aberta para continuar as negociações.
Questões Políticas e Transição para Veículos Elétricos
A indústria automotiva dos Estados Unidos está em meio a uma transição para a produção de veículos elétricos. Esta mudança acentua o temor entre os trabalhadores de demissões na produção de peças para carros à combustão. Além disso, o sindicato se opõe à reeleição do presidente Joe Biden, tornando a greve também uma questão política. Notícias sobre incentivos do governo dos EUA para carros elétricos
Condições de Negociação
O UWA reivindica um aumento salarial de 40% e uma fatia maior dos lucros da venda de caminhões. Em resposta, as montadoras ofereceram um reajuste de até 20%, mas não atenderam aos principais benefícios solicitados pelo sindicato. Mais informações na Reuters
Fonte: G1 Notícias