Recentemente, o Banco Central revelou uma nova moeda digital chamada Drex, que gerou uma série de dúvidas sobre suas diferenças em relação ao PIX. Embora seja considerado um “primo” do PIX devido à sua relação tecnológica, o Drex tem suas peculiaridades que o tornam distinto. Conheça algumas das principais diferenças:
- O PIX é uma ferramenta para transações instantâneas, enquanto o Drex é a própria moeda em si, tornando-se a primeira moeda virtual oficial do Brasil. O PIX é, portanto, um meio pelo qual é possível transferir dinheiro, enquanto o Drex é o próprio dinheiro a ser transferido. A nova moeda digital poderá ser usada tanto para “fazer um PIX” quanto para realizar pagamentos ou transferências por meio de outras modalidades já existentes.
- O projeto da nova moeda também prevê a compra e venda de títulos públicos, em parceria com o Tesouro Nacional. Será possível, portanto, comprar e vender esses títulos usando o Real Digital. Além disso, o Drex será usado em outros serviços, como empréstimos, seguros e investimentos.
- Espera-se que a chegada da nova moeda traga acesso a novos serviços financeiros digitais, como contratos inteligentes (também conhecidos como smart contracts).
- Outra diferença em relação ao PIX é que o Real Digital terá um custo de uso. Contudo, o coordenador da iniciativa afirma que os custos das operações financeiras, como são feitas hoje, serão diminuídos com o Real Digital.
Na prática, o Real Digital servirá como uma nova expressão das cédulas físicas já emitidas pelo BC e será garantido pelos mesmos fundamentos e políticas econômicas que determinam o valor e a estabilidade do real convencional. A autoridade monetária destaca que uma das diretrizes para o desenvolvimento da moeda digital é a interoperabilidade com os meios de pagamento hoje disponíveis à população.
O Real Digital ainda está em fase de testes e não tem um cronograma oficial de lançamento. A expectativa é que a nova moeda seja liberada para o público no fim de 2024, segundo o coordenador da iniciativa do Real Digital pelo BC, Fabio Araújo. A iniciativa tem como objetivo permitir que os produtos que já existem no sistema financeiro sejam oferecidos com uma “variedade maior”, atendendo de forma mais específica as necessidades dos usuários e a um custo mais baixo.
Fonte: g1.globo